Decifrar a fisionomia da “hegemonia débil” dos governos pós-neoliberais ou dos “populismos”, em tempos nos quais mostram pouca capacidade de “resistência” ao avanço das direitas, torna-se importante não apenas para entender a crise por que passam estes projetos esgotadas as condições que permitiram seu auge; mas também porque podemos dizer que na América Latina estamos assistindo a um lento, contraditório e desigual processo de emergência dos assalariados.
Introdução
A “hegemonia”, as “revoluções passivas” e a “vontade coletiva nacional-popular” (em menor medida a do “Estado integral”) foram algumas das principais temáticas gramscianas com as quais um destacado setor da intelectualidade da esquerda latino-americana tentou pensar a história do nosso subcontinente, extrair conclusões das derrotas dos processos revolucionários dos anos 1970 e estabelecer as chaves de uma concepção de tipo “gradualista” que bem sintetizou José Aricó quando definia o marxismo de cunho gramsciano como “o ponto de partida para pensar a transformação democrática da sociedade” [1].
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